Várias são as queixas dos moradores da freguesia de Britelo, em Ponte da Barca, por causa do mau estado no qual se encontram as estradas e a falta de manutenção nos caminhos. Os moradores afirmam sentir-se ‘abandonados’ e completamente ‘esquecidos’.
Ao Pasquim da Vila foram enviadas fotografias que demonstram o mau estado do piso e tivemos o testemunho de uma moradora do lugar de Mosteirô. Para Vitória Araújo, solicitadora de profissão e residente nesse lugar “sinto que aqui, na nossa freguesia fomos abandonados. Há anos que por cá não se fazem obras. As estradas e caminhos estão cada vez pior”. Os moradores queixam-se dos buracos na estrada, da falta de limpeza das bermas, e do abandono no qual afirmam ter caído a freguesia inteira.
“É como se não existisse uma junta de freguesia. Sentimo-nos sozinhos, não temos o acompanhamento de ninguém. Está tudo ao abandono. A nossa freguesia está neste momento, sem qualquer representação e precisamos que muitas obras sejam feitas porque a degradação dos lugares está à vista de todos”, afirma a jovem moradora.

Britelo, uma freguesia com pouco mais de 400 habitantes (segundo dados do ano 2011) e com uma população com uma faixa etária entre os 25 e os 64 anos, chegou a ser uma das freguesias mais populosas e desenvolvidas do concelho de Ponte da Barca (anos 1960/70), mas que agora vê a sua população cada vez mais dizimada e “cada vez mais esquecida. Sem rumo. Sem ninguém que se interesse verdadeiramente pelas necessidades da freguesia e da sua população”, afirmam os moradores.
As queixas da degradação existente nalgumas freguesias do concelho de Ponte da Barca não se cinge só à freguesia de Britelo, há muitas outras, o que leva os moradores a alegarem que “parece como se de Vila Nova de Muía em diante pertencesse-mos à Espanha”, afirma outro morador residente na união de freguesias de Entre Ambos-os-Rios, Ermida e Germil, que faz fronteira com Britelo.
Os residentes queixam-se que “têm sido anos em total abandono. É como se a ninguém interessa-se esta corda de freguesias que vão desde Vila Nova até Lindoso”. Garantem que sentem-se esquecidos e que não possuem ninguém que reivindique os seus direitos, nem sequer os seus próprios presidentes de junta.
A família de Vitória Araújo também têm uma casa na união de freguesias de Entre Ambos-os-Rios, Ermida e Germil “e na casa dos meus pais a situação também é muito complicada. A estrada que dá acesso à entrada de casa esteve em muito mau estado durante muito tempo. Fizemos vários pedidos à junta de freguesia, mas nunca foi feita qualquer intervenção. A minha mãe, há dois anos, decidiu então ir diretamente à Câmara Municipal fazer o pedido, e só ali é que foi resolvida a situação. Com uma máquina arranjaram o chão, pelo menos já se consegue entrar mais facilmente em casa, porque até ali, quando chovia era quase impossível entrar, tudo ficava cheio de lama. Ainda falta para resolver a situação por inteiro. A estrada precisa mesmo uma intervenção profunda, mas os pedidos nunca são ouvidos”, afirma.

A solicitadora afirma que infelizmente quem denuncia estas situações, tentando reivindicar os seus direitos, muitas vezes são vítimas de represálias, ou então, de maus-tratos por parte de quem de direito “todos aqueles que trazemos estes assuntos a público somos mal vistos. Mas acho que temos o direito de dizer quando algo não está bem”.
Conta que no passado, já esteve sujeita a insultos quando tentou, junto com o seu pai, reivindicar o direito a ter água pública, um bem essencial, e que na freguesia de Entre Ambos-os-Rios costumava falhar com alguma regularidade “é muito mau quando vamos ter com os responsáveis pelas freguesias e somos mal recebidos e vistos como desordeiros. Quando a única coisa que queremos é solucionar os problemas que como fregueses temos”, culmina.
Vitória Araújo, bem como os restantes moradores da freguesia de Mosteirô e demais freguesias, esperam serem tomados em consideração e que possam, dentro em breve, verem resolvidas estas questões que em muito ajudariam ao bem-estar da população.
“Quem não luta pelos seus direitos não é digno deles”
Rui Barbosa



É uma pena que os politicos comão o futuro dos nossos netos a democracia é muito cara sò alimenta choriços con o suor dos escravos que trabalhão sò para Cumer e pagar impostos assim são os mundos chamados adiantados palabra irronea: adiantados todos os politicos que viven dos tontos estamos em um mundo enganhoso: