Esta é a nova rubrica do Pasquim da Vila e será muito ‘porreira’, disso tenho a certeza! Por quê? Muito simples, será alimentada com textos feitos pelos jovens -e para eles! Os textos serão publicados semana a semana, um a um. Espero que gostem deles.
Eu, adorei-os!
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Desta vez quem escreve é o Francisco Silva, do 9º ano. Um jovem apaixonado pelas tecnologias e as atualidades. Vamos ver o que o Francisco tem para nos dizer?!
Educação para a Inteligência Emocional nas escolas
O conceito de inteligência emocional é uma coisa recente.
As questões emocionais não eram consideradas importantes até há relativamente pouco tempo, e as pessoas tinham de lidar com as emoções como conseguiam. Assim, “na falta de uma educação emocional explícita, elas lutavam na escuridão, contra si mesmas”, como disseram os psicólogos Berrocal e Ramos, produzindo geração após geração de “analfabetos emocionais”.
Durante muito tempo, vingou o conceito de que somos humanos porque pensamos e não porque sentimos. “Penso, logo existo”, como disse o filósofo francês René Descartes.
Mas as coisas mudaram, e o ser humano passa a ser encarado não como um corpo pensante, mas também como um corpo que sente e que se emociona, e que reage perante os estímulos.
Muitas vezes, não sabemos lidar com as emoções e nem percebemos porque reagimos desta ou daquela forma aos factores desencadeadores, e isto pode tornar-nos indefesos e vulneráveis perante nós mesmos e perante os outros -pois deixamos de nos relacionar de forma saudável e passamos a ter um comportamento defensivo e reactivo-.
Isto reflecte-se na infância, adolescência e segue pela vida adulta.
Uma criança para aprender a lidar com as emoções, tem de primeiro saber identificá-las, rotulá-las e compreendê-las. E isto aprende-se, não nasce connosco, e leva muito tempo a interiorizar, até se tornar numa coisa espontânea.
Quando a criança não desenvolve estas competências emocionais, pode vir a tornar-se num adulto insensível, conflituoso, imaturo e com baixa tolerância à frustração.
As crianças aprendem com os exemplos e não com o que se lhes diz, assim, as escolas devem ter um papel importante de intervenção activa no âmbito da educação para a inteligência emocional, até porque estão mais preparadas para intervir relativamente às próprias famílias.
“A educação emocional é um desafio da escola no século XXI.”
FRANCISCO SILVA